SuperdÃnamo
Atrapalhado, preguiçoso mas bem-intencionado. Assim era o menino Mitsuo, uma tÃpica criança japonesa de classe média, que por um desses acasos da vida acabou se tornando um dos super-heróis infantis mais cultuados no Japão e no Brasil: O SuperdÃnamo.
Com o tÃtulo em japonês de “Paa Man†daà o sÃmbolo com a letra “Pâ€, SuperdÃnamo foi criado em mangá pela dupla Fujiko Fujio, a mesma que criou Doraemon e Obake no Que Tarõ (não exibido no Brasil). A popularidade nos quadrinhos motivou a produtora Tokyo Movie a fazer uma série de desenho animado preto e branco, que estreou em 1967 na TV japonesa.
Mitsuo foi escolhido e apelidado de DÃnamo nº1 pelo lÃder de todos os DÃnamos, o Super-Homem (que era uma versão adulta dos DÃnamos, que aparecia de vez em quando em alguns capÃtulos da série).alguns outros DÃnamos eram o nº2, um macaquinho muito inteligente que não falava – grunhia, e a nº3, uma menina. Todos eles receberam um “kit†SuperdÃnamo, composto por um capacete-máscara que dá superforça a quem a veste, uma capa que faz voar, um broche em forma de “P†que serve de comunicador e – o mais interessante de tudo – um robô cópia, um boneco que parecia uma mumiazinha que assumia a forma da pessoa que apertasse o seu nariz.
No caso dos DÃnamos, o robô-cópia servia para substituir a presença deles em casa enquanto eles saÃam para combater o mal, sem que ninguém percebesse a falta deles e que também ajudava-os a manterem suas identidades em segredo. Mas Mitsuo usava seu robô também para tarefas “desagradáveisâ€, como fazer sua lição de casa. Quem não queria ter um desses, mesmo com o incômodo de ter de esconder no armário?
As aventuras de SuperdÃnamo eram ingênuas e cheias de bom humor, uma diversão despretensiosa para as crianças que viam o desenho na extinta TV Tupi, nos idos anos 70. Além disso, SuperdÃnamo nos fez conhecer hábitos de crianças do outro lado do mundo, como sentar em “tatamiâ€, tirar os sapatos antes de entrar em casa, dormir em “futon†e comer bolinho de arroz. Curioso como esse desenho tão peculiar ficou na memória da gente…
Imagens: © Fujiko Fujio