Quem somos
Histórico
Nascida em 3 de fevereiro de 1984 e devidamente registrada como entidade cultural sem fins lucrativos, a Abrademi originou-se da união de estudiosos em cultura japonesa e desenhistas profissionais do Brasil. Participaram da sua fundação, pessoas como a profa. Dra. Sonia Maria B. Luyten, da Universidade de São Paulo, que fez o primeiro trabalho a nível de doutorado na área de mangá no mundo; a escritora especializada em lendas do Japão, Mitsuko Kawai; o desenhista de quadrinhos Roberto Kussumoto, atualmente residindo no Japão; e o jornalista Noriyuki Sato, especializado em cultura japonesa, autor do livro “História do Japão em Mangá”.
No ano de sua fundação, a Abrademi, com o apoio da Fundação Japão (assessoria cultural do Consulado Geral do Japão), teve a oportunidade de realizar uma aula de mangá ao vivo com Osamu Tezuka, o Deus do Mangá; além de organizar uma exposição de quadrinhos no Museu de Arte São Paulo, juntamente com a exposição de desenhos e filmes de Tezuka.
Em 1986, a Abrademi representou o Brasil na Exposição Internacional de Mangá de Osaka, no Japão, montando uma mostra com os principais desenhistas de quadrinhos do Brasil. A profa. Dra. Sonia Luyten representou a Abrademi, discursando na abertura daquele evento. A Abrademi não é ligada a nenhuma editora, empresa, escola ou religião. Mantendo sempre sua independência, vem realizando cursos de mangá, roteiro, ilustração, modelagem, animação e kirigami; exposições de mangá; participando de eventos de cultura japonesa; atividades sociais em orfanatos e escolas; reuniões e debates. A Abrademi possui outra unidade regional no Rio de Janeiro além de São Paulo.
No dia 25 de fevereiro de 1996, a Abrademi comemorou seu 12º aniversário de fundação com uma festa, mas não uma simples festa. Havia exposições de mangá, exposição do painel gigante pintado à mão, com todos os personagens de séries de anime exibidas na TV até então, de esculturas dos Cavaleiros do Zodíaco, do Ultraseven e outros personagens, exibição de desenhos animados, músicas de animê, presença ao vivo do Kamen Rider, com a roupa original usada na série de TV, entre outras novidades que prenunciavam que um evento desse tipo deveria crescer ainda mais.
A data também marcou o lançamento da revista-fanzine AnimeClub, da Abrademi, em todas as bancas de São Paulo e Rio. Profissionais de quadrinhos e de várias editoras, além dos diretores regionais da Abrademi, marcaram presença. O público estava tão interessado, que o evento programado para começar às 15 horas, teve que começar antes, já que todos estavam aguardando na porta da Associação Shizuoka em São Paulo.
No Brasil não havia ainda cosplayers. Houve sim, por iniciativa da própria Abrademi, a participação dos associados Rodrigo dos Reis e Fábio Hara nos eventos vestindo as roupas originais de Red Mask (super-sentai) e Black Kamen Rider (tokusatsu), no ano de 1993, mas estes não poderiam ser chamados de cosplay, uma vez que eram roupas originais usadas nas respectivas séries e trazidas ao Brasil pela Tikara Filmes, detentora dos direitos desses personagens.
A Abrademi tomou a iniciativa de procurar a escola de samba Vai-Vai, de São Paulo, para aprender sobre as fantasias usadas no Carnaval. É que os desfiles do Rei Momo conseguem um ótimo efeito visual utilizando materiais baratos e fáceis de achar. Gentilmente, o diretor da escola de samba mostrou as fantasias do ano anterior e explicou como eram feitas, e como escolhiam os materiais.
A partir desse contato, a primeira fantasia de animê foi feita no Brasil e foi o de Mu de áries (Cavaleiros do Zodíaco), confeccionada pela Cristiane A. Sato, hoje presidente da Abrademi. Ela usou a fantasia no 12º aniversário da Abrademi, sendo a primeira cosplayer do Brasil.
A notícia correu rápido pelo Brasil (e olha que não havia internet na Época), e prevendo que haveria muitos cosplayers, a Abrademi anunciou o primeiro Concurso de Cosplay do Brasil, para a 1ª MangáCon, realizada no dia 13 de outubro de 1996, em São Paulo. Esta também foi a primeira convenção de mangá e animê realizada na América do Sul. A MangáCon foi realizada até 2.000, e o último evento nesses moldes da Abrademi foi a Anime Summer Fest, de 2001. Sobre cosplay na Abrademi, vide post anterior.
post anterior.
Objetivo
O objetivo da Abrademi é a divulgação da cultura popular japonesa, principalmente o mangá. Para ser um associado da Abrademi é necessário ter interesse pelo assunto e demonstrar aptidão e vontade de colaborar com o sistema associativo, pois a entidade se mantém graças ao trabalho coletivo de seus membros ativos. Em compensação não é cobrada nenhuma taxa dos associados participantes.
A Abrademi não é um fã-clube, não vende cópias de fitas, DVDs ou outras mídias piratas de vídeo, não publica mangá japonês sem autorização e nem vende cópias de imagens de qualquer tipo, por respeito às normas de direitos autorais. Quem tem interesse apenas em colecionar, deve procurar empresas especializadas.